Se você estiver de boas por Minas Gerais, lá por Belo Horizonte, por exemplo, e der vontade de conhecer um lugar novo, pegue o carro, vá pela BR 040, em direção a Sete Lagoas, daí continue um pouco mais e pegue a MG 231, rumo à cidade de Cordisburgo-MG. O nome, a princípio, soa um pouco estranho, mas tem um significado interessante! “Cordis”, em latim = coração e “burgo”, em alemão = cidade! Ou seja, Cordisburgo é a Cidade do Coração.
Beve história de Cordisburgo MG
Esse pedaço de terra, que está a cerca de 120 km de distância da capital mineira, teve o início de seu povoamento por volta de 1883, quando o Padre João de Santo Antônio por ali chegou. Em 1890 passa a ser um distrito de Paraopeba, cidade vizinha, e em 1938 torna-se município, que hoje conta com uma população de aproximadamente 10 mil habitantes, respirando cultura e oferecendo atrativos naturais de encher os olhos. Por não ser muito grande, é fácil passear pela cidade e assim não perder nenhum de seus pontos turísticos! Um dia é suficiente para ver tudo.
Já na estrada de acesso a Cordisburgo-MG, o visitante se depara com a Casa Elefante! Construída inicialmente para ser a residência do mestre de obras e escultor, Stamar Azevedo, mas que acabou se tornando atração turística, já que de “suas costas” é possível ter uma vista panorâmica da cidade.
Mais em frente, temos a Capela do Patriarca São José. Sua construção e inauguração aconteceram em 1884, liderada pelo Padre João, fundador da cidade. Conta a história que foi a partir da Capela que a cidade teve origem. Não está aberta para visitação, apenas para missas em dias específicos da semana.
Outro ponto turístico importante de Cordisburgo é a Igreja Matriz do Sagrado Coração de Jesus. Sua primeira construção data de 1894, sob os cuidados do Padre João de Santo Antônio. Em meados do Século XX um novo prédio foi erguido, em estilo eclético, mas guardando a forma das torres frontais e preservando a pia batismal em que foi batizado o escritor João Guimarães Rosa. A Igreja Matriz fica em um ponto elevado, oferecendo uma visão ampla da cidade. Em 2015 passou por obras de restauração e pintura.
E como eu não sou baú, para ficar guardando as coisas, ali em cima já dei um spoiler, sobre um dos filhos mais ilustres de Cordisburgo: nada mais, nada menos que o escritor, romancista, médico e diplomata João Guimarães Rosa, autor de “Grande Sertão: Veredas”, considerada uma das obras mais importantes da literatura brasileira e que narra a história de vida do jagunço Riobaldo.
Em 1974 a casa onde vivia a família do escritor foi transformada em Museu, o Museu Casa Guimarães Rosa, que guarda em seu acervo mais de 700 peças entre documentos pessoais, fragmentos de escritos do autor, utensílios da família, além de ter, em um de seus cômodos, a reprodução do antigo armazém, de propriedade de seu pai, que hoje funciona como uma lojinha de artesanato e souvenirs.Em 2010, como uma forma de homenagear o escritor, foi inaugurado na cidade o Portal Grande Sertão. Produzido em bronze, pelo mesmo escultor que fez a estátua de Carlos Drummond de Andrade no Rio, o portal retrata o escritor, vaqueiros em seus cavalos e um cachorro, figuras comuns do sertão e das obras de Guimarães Rosa.
Saindo do centro, seguimos para o atrativo natural da cidade, a Gruta do Maquiné, que coloca Cordisburgo-MG no Circuito Turístico das Grutas, junto com Sete Lagoas, Baldim, entre outras cidades do entorno.
Descoberta em 1825 pelo fazendeiro Joaquim Maria Maquiné, a Gruta do Maquiné começou a ser explorada cientificamente em 1834, pelo naturalista Peter Lund, estudioso dinamarquês. Foi aberta para visitação em 1908. A gruta tem 650 m de extensão, 18 m de profundidade e sete galerias, que foram recebendo ao longo dos anos, nomes referentes a formação que apresentam. As principais são o Salão do Trono, com duas grandes formações do tipo cortina, e o Salão das Piscinas, onde as colunas calcárias descem do teto como cachoeiras petrificadas.
E essa foi mais uma dica de passeio. Desta vez por Minas Gerais. Terra cheia de lugares lindos e diferentes para conhecer. Dificilmente vocês ficarão entediados em MG !!! Sempre tem o que fazer naquela terra. Basta se programar, que todo final de semana tem aonde ir!
Besos
Meus leitores Nota 1000! A partir deste post terei imagens legendadas, prontas para serem “pinadas” para o Pinterest! Então fique a vontade, pine o quanto quiser e aproveite para seguir o Casa de Doda na plataforma, que é uma das queridinhas do momento !! 🙂
MUSEU CASA GUIMARÃES ROSA|Rua Padre João, 744 – Centro, Cordisburgo MG. Fone: +55 (31) 3715-1425 Funcionamento: de terça a domingo, das 09h às 17h. Entrada: Inteira R$ 15,00 // Meia R$ 7,50 Email: museuguimaraesrosa@cultura.mg.gov.br
CASA ELEFANTE|Rua São José, logo na entrada de Cordisburgo MG. Funcionamento: todos os dias, das 08h às 18h. Entrada: R$ 4,00.
GRUTA DO MAQUINÉ|Rodovia MG 231, em seguida MG 421, km 6. Funcionamento: todos os dias, das 08h às 16h30. Entrada: R$ 25,00 estudantes e idosos pagam meia entrada. Crianças até 5 anos, não pagam.
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Eu era um menino de 16 anos e lia o engenheiro Euclides da Cunha. Sua explosiva montagem de engenharia de expressão escrita me chamou a atenção. O médico Guimarães, eu ouvia falar dele. Euclides como que me deteve. E Deus me trouxe até aqui passado 1/2 século. Magnífica nossa viagem humana no planeta. Agora me detenho frente a esta Igreja do Sagrado Coração de Jesus de Cordisburgo que me detém infinitamente mais…:)
Realmente magnífica, Pedro. E poder viver a história (passada) através da vida e dos lugares habitados por esses importantes e peculiares personagens nos faz também um pouco contadores dessas sagas. Obrigada pelo comentário. Obrigada pela visita. Abraço
“Sagarana” foi o primeiro livro de Guimarães Rosa que eu li, ainda na minha adolescência. Agora adquiri e estou lendo “Grande sertão: veredas”. Um dia ainda quero conhecer Cordisburgo, terra natal deste grande escritor. Sou mineiro, jornalista, e amo a literatura do meu Estado.
Oi Cícero! Li pouco da obra de Guimarães Rosa, mas me encantei com cada palavra. Quando tiveres oportunidade vá até Cordisburgo. Cidade pequena, do interior, rica em cultura e histórias. Como jornalista (somos colegas de profissão) se deixe levar pelos causos dos moradores, que vão te contar como era a família de Guimarães Rosa, da riqueza das Grutas de calcário e tantas outras histórias interessantes desse pedaço Mineiro. Eu gosto demais do teu estado, morei em MG por 1 ano e já voltei inúmeras vezes para visitar suas cidades cheias de história. Obrigada pelo comentário e pela visita ao Casa de Doda. Abraço