Hoje o Casa de Doda veio aqui para compartilhar com vocês uma ação SUPER bacana, que está mexendo com a vida de muitas pessoas, em várias cidades do Brasil e que, de tão legal, merece ser amplamente compartilhada. E o que isso tem a ver com viagens e turismo? Tudo! Vocês já conhecem o Projeto Mini Gentilezas ? Não? Pois agora vão conhecer!!
Iniciativa da ONG Argilando, na cidade do Rio de Janeiro, eles arrecadam amenities (aquelas miniaturas de produtos de higiene), que ganhamos em hotéis e viagens (de avião, trem, ônibus), e que não são utilizados, muitas vezes até são descartados, e destinam a pessoas que vivem nas ruas. Vidrinhos de shampoo, creme dental, escovas de dente, absorventes, lenços, entre outros itens, são reunidos, através de pontos de coleta em 27 cidades, de 8 estados, mais o Distrito Federal onde, em cada uma delas a ONG conta com um parceiro que fica responsável por coletar e receber as doações, separar e distribuir.
Mas para entender mais sobre esse projeto, que está mobilizando tanta gente, o Casa de Doda foi conversar com seus idealizadores, a Karina Rocha e o Israel Mesquita, que gentilmente concederam a entrevista que segue.
Casa de Doda – Desde quando existe o Mini Gentilezas? E qual seu objetivo?
Mini Gentilezas – O Projeto nasceu dentro da ONG Argilando em maio de 2016 e nosso objetivo é fortalecer grupos ou instituições que já façam atendimento a pessoas em situação de rua. São os Parceiros Mini.
CdD – De quem foi a ideia do projeto? Quantas pessoas estão envolvidas nele?
MG – A ideia de doar os itens em miniatura já é usada por esse tipo de trabalho assistencial. O Projeto MiniGentilezas em si, com o esquema que é desenhado hoje partiu de uma iniciativa minha e do Israel Mesquita, que coordena comigo, dentro da ONG Argilando.
CdD – Como é a logística, já que existem pontos de coleta em várias cidades por todo o país? Quem faz o que, nessa etapa do processo?
MG – Cada cidade precisa ter pelo menos um ponto de coleta, um voluntário central e uma instituição a ser beneficiada. Durante o mês as doações vão chegando no ponto e sendo armazenadas. Depois, o Voluntário Central recolhe tudo, e faz a triagem. Todos os produtos são contabilizados e é verificada a validade. O resultado final é repassado para o Parceiro Mini.
Eventualmente, cidades menores não tem a instituição a ser abraçada, então o Voluntário se compromete a levar para alguma outra instituição próxima que já tenha. É o caso, por exemplo de Venâncio Aires e Guaporé, no RS. Essas duas cidades alimentam os estoques de Porto Alegre que já ajuda a duas instituições.
Para o Mini Gentilezas chegar numa cidade é mais simples do que parece. Só precisa de um local que possa ser ponto de coletas divulgado na rede, uma pessoa disposta a fazer a triagem e um grupo que já atenda a população de rua.
Perceba que isso é o mais bonito e simples, pois não é o Mini que leva os produtos para a rua, é o Parceiro Mini. Com isso a gente simplifica muito o processo e ainda permite que outros tenham seu trabalho mais enriquecido. Esses grupos tendem a ser compostos por voluntários que acreditam poderem ajudar ao próximo. Os recursos financeiros são parcos. Se você diz a eles que tem uma doação de dinheiro, a primeira necessidade é comprar as quentinhas, ou a sopa, ou o lanche. É quando entra o MiniGentilezas! A gente diz pro projeto: “continua investindo na comidinha, que agora eu vou te dar uma ajuda com os kits de higiene” e assim o trabalho se soma.
CdD – Quais os desafios que tu e os demais ainda encontram?
MG – Divulgação. Sem dúvida.
É simples fazer o Mini funcionar, o desafio fica por conta da divulgação. As pessoas precisam saber que o projeto existe na cidade delas e assim vão fazer as doações.
Temos um trabalho pesado nas redes sociais. Fazemos um post pra cada cidade com o nosso caminhãozinho e uma nota explicativa, informando a instituição beneficiada. Temos ainda cartazes personalizados para cada ponto de coleta espalhar pela sua cidade. Mas a gente precisa entrar no orgânico dos moradores dali. É muito importante compartilhar em suas próprias redes, afinal seus amigos são do mesmo local e vão compartilhar também e assim mais e mais pessoas ficam sabendo que o projeto esta recolhendo doações por ali.
CdD – O que motiva vocês a tocar esse projeto? O que tu diria para as pessoas que ainda não conhecem?
MG – São 3 pontos que nos movem:
Primeiro o mais óbvio. A necessidade que as pessoas em situação de rua tem destes itens. Banho dignifica, não há dúvida sobre isso. Levanta o moral e pode mudar o dia de uma pessoa.
Segundo, é ser um apoio para os grupos que fazem tanto (mas tanto) esforço pra ajudar esse pessoal. Saber que de alguma forma, nós ajudamos a 23 grupos pelo Brasil a ajudar ainda mais, é emocionante.
Por fim… a movimentação de pessoas. Tivemos uma mensagem no inicio do projeto que a doadora dizia “Obrigada por me permitir doar, eu nunca achei que poderia ajudar a alguém na rua”. Isso foi a nossa pedra fundamental. Perceber que todo mundo pode fazer um pouquinho, um “mini”, e que junto isso pode formar um todo muito maior. Todos os dias temos oportunidades para agir no bem. O Mini Gentilezas é mais uma porta pra isso.
O que eu diria para quem não conhece?
Visitem a página, e divulguem o projeto. Cada curtida e compartilhamento ajuda imensamente ao projeto crescer. Assim as doações não param de chegar e continuamos ajudando a quem precisa. “Funciona porque é simples. É simples porque funciona.”
E ai? O que acharam? Lindo demais, né? Então, se vocês acham que podem participar de alguma forma, mesmo que apenas doando os itens necessários, entra em contato com a Argilando. A Karina, o Israel e, principalmente quem está precisando deles, vai agradecer muito esse gesto!
Pra falar com eles, envie um e-mail para: gentileza@argilando.org , que assim que possível, eles respondem.
Desde já, eu agradeço a todos que tiverem interesse em ajudar.
Obrigada,
Besos
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Nossa, que iniciativa linda! Coisas que realmente valem a pena. Bjs
Né??? E tem ponto de coleta em palhoça e são José. Eu já mandei um lote de coisinhas pra eles. 😊