Sim!!!! Essa #roadtrip, das Férias 2007, está (finalmente) chegando ao fim, caríssimos leitores do bloguinho! Vocês devem estar pensando: Ufa, achei que essa criatura não pararia mais de falar dessa viagem!
É que eu achei meio injusto “socar” toda a viagem num post só, ainda mais quando comecei a rever as fotos e a história por trás delas, vi um grande potencial ali, não para ficar “encumpridando” a coisa, mas para contar com calma, cada km rodado! Mas agora, depois dessa justificativa/desculpa ahahahah vamos ao que interessa?
Nossa última parada foi em São Luís, de lá, fomos até Alcântara, onde passamos a manhã toda e retornamos por volta das 16h.
Em função do fenômeno das marés, como comentei no post anterior, no retorno tivemos de desembarcar na Praia da Ponta D’areia e de lá, uma van nos trouxe para o centro da cidade.
Casa de Nhozinho
As gurias ficaram no ponto da van e foram visitar o Centro de Pesquisa e História Natural e Arqueologia do Maranhão e, a Casa de Nhozinho, importante centro, onde a cultura maranhense está retratada em três andares de muita história. Eu, não sei por que, voltei para o hotel, aquele flat super bacana que eu não lembro o nome 🙁
Funcionamento: Centro de Pesquisa de segunda a sexta, das 08h às 12h e à tarde, das 14h às 18h. A Casa de Nhozinho, de segunda a sexta, das 09h às 18h, sábado das 09h às 17h e domingo, das 09h às 13h. Nos dois a entrada é gratuita.
Não tenho registro de fotos dessas visitas. Que falta fazia um celular com câmera naquela época!
Tudo muito bom, tudo muito bem, mas… “E se a gente fosse conhecer outros lugares? Olha ai no mapa do Guia4Rodas, algum lugar que tenha uma distância razoável”, não lembro quem disse isso, acho que foi a Thainá, enfim, sugestão lançada e aceita pela maioria (menos pelo Gui, pois ele achava meio perigoso sair assim, sem destino, no meio da chuvarada e à noite. Por que será?!), no dia seguinte pegamos a estrada rumo (à felicidade? Também!) a algum lugar!
Férias 2007, capítulo final
Saímos de São Luís para Parnaíba, no Piauí, para conhecer o famoso Delta do Parnaíba, o único delta das Américas em mar aberto. Além dele só existem outros dois no mundo: um no norte da África, onde deságua o rio Nilo, e o outro no sudeste asiático, onde o rio Mekong encontra o oceano Pacífico.
O município de Parnaíba é o segundo mais populoso do estado, depois da capital Teresina, e é um dos quatro municípios litorâneos do Piauí. Os outros são Ilha Grande, Luís Correia e Cajueiro da Praia.
Ficamos ali uma noite, no Hotel Pousada dos Ventos, que lembro ter sido bem confortável. E fomos atrás de um passeio que nos levasse ao Delta. Contratamos o serviço de uma lanchinha e ficamos com ela o dia todo.
Pelas pesquisas que fiz, os preços atualmente variam de R$ 90,00 a 120,00 por pessoa, em barcos grandes para até 80 pessoas, com refeição incluída, saindo às 08h30 e retornando por volta das 16h, do Porto dos Tatus.
Com a lancha saímos cedinho e também do Porto dos Tatus, em Ilha Grande, seguindo pelos igarapés e manguezais, até chegar a foz do Delta, onde paramos e foi possível tomar banho de mar e de rio.
Olhar aquela junção de água doce e salgada é muito lindo. O que impressionou foi que as duas águas eram cristalinas. Realmente um espetáculo da natureza.
Paramos nos manguezais e nosso lancheiro foi nos mostrar como era a captura do caranguejo. Não é fácil a vida do catador de caranguejo, de jeito nenhum, e eu passei a respeitar mais ainda esse ofício. E ele também queria nos mostrar um peixinho, que ao se assustar, “caminha” sobre a água, é o “Polypterus senegalus” !
Achei uma graça o bicho!! Ali na foto, aquelas pontinhas brancas sobre a água, são os peixinhos eheheheh. Fui saber mais sobre ele e descobri que faz parte de um estudo científico internacional, sobre a evolução das espécies. Legal né?
Na volta paramos na Ilha das Canárias para almoçar. Almoçamos no restaurante de uma pousadinha, um dos peixes mais gostosos e baratos que já comi na vida. Não lembro o nome do lugar, mas lembro que a maioria dos restaurantes era assim.
Nas imagens, a singeleza de uma vila de pescadores, hoje uma APA – Área de Preservação Ambiental, que faz parte da reserva extrativista marinha do Delta do Parnaíba, junto com outros três povoados: Passarinho, Torto e Caiçara.
Diz a história que o povoado nasceu em 1806, depois que um pescador cearense, vindo de Acaraú com mais três amigos, foi atraído pela abundância de peixes da região.
Eu e minhas fotos “temáticas”! Como adoro um trem, fui logo tirando uma foto na Maria Fumaça, prefixo 29, que fica no centro de Parnaíba, na Av. Chagas Rodrigues, bem pertinho do Museu do Trem.
Essa Maria Fumaça foi fabricada nos Estados Unidos e é a única do Piauí incluída no inventário de locomotivas do Brasil, que fazem parte da memória ferroviária nacional.
Delta visto e visitado, era hora de seguir viagem. Sim, minha gente, aqui a coisa é tipo “não para, não para, não para, não”!
Pegamos a estrada de novo, desta vez rumo ao Ceará, pois queríamos chegar em Jericoacoara, ou Jeri para os íntimos! Estão pensando o quê? Nada de descanso, tem muita coisa linda pra ver!!!
Paramos em Camocim, no Ceará, onde ficamos hospedados no Hotel Ilha do Amor, que fica bem de frente para o Rio Coreaú. O passeio para Jeri começa com a travessia do rio.
No hotel mesmo, por indicação da moça da recepção, já contratamos um bugueiro para nos levar na manhã seguinte.
A saída para o passeio foi cedinho. Partindo do terminal de passageiros da Pracinha do Amor em um barco pequeno. Nosso buggy nos esperava do outro lado.
De Camocim a Jericoacoara são mais ou menos 55 km, passando por Imburanas, Lago Verde, Lagoa da Torta, Guriú, Tatajuba, Mangue Seco e Jeri.
A paisagem é linda e venta muito (ainda mais na boléia de um buggy, mas vale cada solavanco!). Para chegar a Jeri, é preciso atravessar de balsa, pelo Rio Guriú.
Em Jericoacoara ficamos algumas horas. Naquele momento, o suficiente para andarmos pelo vilarejo, tomarmos um banho de mar e bebermos uma cervejinha gelada!
Não sei se ainda estava sendo descoberta pelos turistas, mas nos chamou a atenção o fato de não estar um burburinho, típico da alta temporada.
Hoje isso é bem diferente! Só sei que as ruas continuam não tendo postes de iluminação, sendo iluminadas pelas lâmpadas dos restaurantes e pousadas, e as ruas são de areia, por isso seu acesso é feito com veículos 4×4 ou Buggys.
Eu achei fantástico! Quem não quer um tanto de paz e sossego na vida, ainda mais nas férias?!!
Depois de Mangue Seco e seu visual impressionante, seguimos em direção a vila de Tatajuba. Da antiga vila hoje restam apenas ruínas, pois tudo foi sendo engolido pela areia.
E finalmente paramos para o almoço, na Lagoa da Torta. O lugar é famoso por suas redes que ficam dentro d’água e por seus “cardápios ao vivo”, onde o pessoal dos quiosques traz os peixes e crustáceos vivos e frescos para a gente escolher o que vai querer.
E eu não fiz uma foto disso 🙁 só digo que é lamentável ! Mas tenho foto, devidamente mergulhada nas águas a Lagoa. Ai que delícia!
Depois desse passeio maravilhoso, voltamos para o hotel e levantamos acampamento, ainda naquela tarde, rumo a Teresina, nossa última parada antes de voltarmos a São Luís para pegarmos o avião, no dia seguinte, de volta para casa!
No caminho passamos por dentro da cidade de Chaval, no Ceará, conhecida por seu terreno pedregoso. As pedras chegam a medir 20 metros de altura e muitas casas foram construídas em cima delas!
Diz a história que tem esse nome por terem encontrado um molho de chaves, talvez perdido por portugueses, quando andaram por ali no século XVIII. A cidade faz parte do Delta do Parnaíba.
Em Teresina ficamos só para pernoitar mesmo. Ficamos no Ibis Teresina, depois de rodar muito, à noite, chegamos exaustos e só queríamos uma cama confortável para dormir.
Igreja de São Benedito, que fica na Praça da Liberdade, no centro da cidade. A igreja foi fundada pelo capuchinho, Frei Serafim, em 1874. Sua construção, que traz o estilo toscano, como das igrejas italianas, foi concluída apenas em 1886.
Dormimos uma última noite em São Luís, em um hotel que não lembro o nome. Uma pena, pois ele era tão ruim que valeria saber para informar aos incautos hóspedes que lá quisessem ficar!! E assim acabaram nossas Férias 2007.
Resumindo: o que era para ser um passeio de boas, todo mundo junto, curtindo ali mesmo em São Luís, acabou virando uma baita aventura!
Rodamos três estados (algo em torno de 2.100 km), conhecemos duas Capitais e mais nove cidades, ficamos hospedados em oito hotéis, tivemos o privilégio de conhecer três unidades de conservação: Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, Parque Nacional de Jericoacoara e Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba. Juntos eles formam a famosa Rota das Emoções.
Com isso guardamos na memória paisagens e lugares fantásticos e, entre perrengues e atritos familiares sanáveis ahahah, curtimos demais as nossas férias!
E por mais clichê que possa parecer gente, eu recomendo, pelo menos uma vez na vida façam uma viagem em família. É muito bom!
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Olá….. ai…. que saudade!! tanta coisa linda a gente viu… tanta comida boa a gente provou. Vou aguardar o relato da nossa primeira road trip, aquela em que visitamos 8 estados hehehehehe
Eu também quero falar da Super roadtrip, mas pra isso vocês têm que separar as fotos, que estão na CAIXA !!!! ahahahahah
Parece um parque muito interessante… E como é bom explorar a natureza. Obrigado pela partilha 🙂
É lindo o lugar, Rui. Muito bom para um passeio!
Acho que tá merecendo uma volta a Jeri, hein 🙂 A vila é um charme e as praias são maravilhosas! Figurinha repetida vale sim!
Adorei a viagem de vocês 🙂
Oi Camila! Sim!!! Depois de 10 anos, tenho que voltar. Até falei pra minha irmã, pra fazermos esse revival juntas e ver o que mudou de lá pra cá!
Que demais essa viagem, hein?! O Brasil é lindo demais! Obrigada por compartilhar conosco!
Obrigada eu, Alessandra, pela visita no blog!! Beijos
Que post super completo, adorei! Ainda quero ter a chance de conhecer a região.
Obrigada, Itamar! O lugar é lindo. Eu ainda quero voltar!!!
Oieeee
Cada lugar bacana. Adorei as dicas.
Abraços
Thais
Oiiii… Sim, lugares lindos, Thaís!! Obrigada 😘😘
Gostei dos relatos, essa roadtrip deve ter sido incrível e já me serviu de inspiração também!!
Foi sim, Guilherme!!! E era pra ser só umas férias tranquilas!!! Virou um viajandao !!!! Bj
Sensacional essa viagem, ein?
Sim, Eloah! Foi muito legal! Bjs
Ah que viagem delícia! Pelo jeito, as férias de vocês foram incríveis! Até hoje me arrependo de ter ido em São Luis e não ter passado por Alcântara! Tenho que voltar!
Klecia, vai!!! Eu achei muito legal passear lá. Tu te transporta no tempo, naquela cidade!! 😘
Que delícia! Recordar é viver!
E essas redes na água? gente… eu não teria forças pra levantar dali nunca… Ia ficar ali só curtindo….
Amei o post!
Eu sempre falo que a melhor viagem é aquela que ainda vou fazer!!! Mas recordar essa foi muito bom!! Simmm essas redinhas aí são o must!!! Beijos
[…] #BaúdaDoda, Férias 2007, capítulo final ! […]
Parabéns pela viagem! E não ligue de precisar “picotar” a jornada em vários posts. Particularmente acho que é o melhor jeito de saborear cada momento!
Oi Fabiane, obrigada! Concordo, cada vez que escrevo, relembro os momentos, dai dá vontade de fazer a viagem de novo! Beijos
[…] #BaúdaDoda, Férias 2007, capítulo final! […]