Hoje vamos conhecer Luiz Alves, a terra da cachaça! Com pouco mais de 11 mil habitantes, fica a 30 km aqui de Blumenau, ou seja, está do ladinho! A cidade faz parte do roteiro da região turística da Costa Verde e Mar, junto com outras 10 cidades e também pertence ao Vale Europeu.
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Sua colonização começa em 1877, com 79 italianos que subiram o Rio Luis Alves (no início era Luis com S, depois isso muda!!), vindos de Itajaí. O grupo era composto por bergamascos e mantovanos (ou mantuanos). A esses imigrantes italianos juntaram-se posteriormente austríacos, alemães, belgas, franceses e poloneses.
Mas conta a história que os primeiros mesmo, a chegar por aquelas terras, foram os açorianos. Em 1880 a colônia foi extinta. Em 1902, Luiz Alves passa a ser “Freguesia”. Em julho de 1903, a “Distrito” e em março de 1938, torna-se uma “Vila”. Somente em 18 de julho de 1958 passou a ser município, emancipando-se de Itajaí. O nome da cidade e do rio, que passa por ali, foi dado pelo Dr. Luis Alves, que morava em uma de suas margens (viram por que o Luis era com S antes?!).
Conhecida como a Terra da Cachaça, oferece aos visitantes um tour por seus vários alambiques! Tanto que há mais de 25 anos, durante as festividades de aniversário da cidade, é realizada a Fenaca – Festa Nacional da Cachaça. Durante a festa acontecem shows musicais, exposição de implementos agrícolas, exposição de gado e o famoso Corredor da Morte é montado!
Nesse corredor ficam os estandes de todos os alambiques, onde os visitantes, maiores de 18 anos, podem passar para provar as cachaças e licores produzidos na cidade. Eu até tentei passar pelo tal Corredor, mas deixei para os mais fortes!! Entenderam o por que desse nome tão dramático?!?
Luiz Alves além de ser a terra da cachaça, também tem forte tradição na agricultura com o plantio de bananas e realiza, juntamente com a Fenaca, a Festa da Banana, que já está em sua sua 26° edição. A cidade é considerada a maior produtora brasileira da fruta. Na Festa ficam expostos os cachos premiados.
A escolha dos ganhadores é feita conforme o peso de cada um! Dentro do pavilhão onde ficam os cachos, vários murais falam das suas propriedades nutricionais, como a concentração de cálcio e do benefício para os ossos, além de receitas para fazer a biomassa. E tem farta degustação do produto, viu? É só chegar e pegar! Eu não perdi tempo eheheh adoro banana.
Alambiques de Luiz Alves
E vamos dar início ao nosso tour pela terra da cachaça. Os responsáveis por essa tradição foram seus colonizadores. A cidade já contou com cerca de 50 alambiques, isso até o início dos anos 1980. Hoje apenas 12 se mantém abertos e produzindo aguardente de forma artesanal. Juntos eles produzem cerca de 1 milhão de litros por mês, abastecendo os mercados de Santa Catarina e Paraná.
Alguns produtores deixam a bebida curtir por até 15 anos, o que deixa a cachaça com sabor diferenciado. Atualmente as cachaças tradicionais ganharam nova roupagem, e podem ter sabores que vão além da cana-de-açúcar e do melado, como a de banana e outras em que são adicionados sabores de ervas, frutas e o que mais a imaginação permitir.
Nós (eu e marido), visitamos alguns dos Alambiques. Começamos pelo Flor da Cana Cachaçaria, fundada em 1938. Sua loja fica bem em frente ao local onde acontece a Fenaca. Eles produzem a Cachaça Rein de Melado de Cana, que já foi premiada em vários concursos pelo Brasil. Eu provei e gostei, ela é licorosa, uma delícia. O dono é uma simpatia e faz questão de apresentar aos visitantes todos os produtos e a história do alambique. Nos mostrou todo orgulhoso os prêmios recebidos.
Passamos pelo Alambique Morauer. Fundado em 1955, seu alambique é todo em cobre com tonéis e barris de madeiras especiais como carvalho. A empresa já passou por várias etapas como produtora, engarrafadora e também na fabricação de licores. Hoje a 3ª geração da família está a frente do alambique, mantendo suas tradições com o mais alto padrão de qualidade de uma destilaria artesanal.
O Alambique Bylaardt| Fundado em 1943, por Willibaldo Van Den Bylaardt, neto de holandeses que vieram para o Brasil no ano de 1860, também produz a tradicional cachaça em barris de carvalho. Na sede do Alambique o que chama a atenção é a casa de seu fundador, construída em madeira em estilo colonial, e preservada por seus descendentes.
Cachaça Wruck|Sua atividades tiveram início em 1938, produzindo açúcar mascavo. Porém com o passar do tempo seu fundador, Otto Wruck, viu que a sobra do melado do açúcar, poderia servir para outra coisa e em 1942 começa a fazer cachaça. A partir dai a cachaça passa a ser o carro chefe da empresa até o os dias de hoje. Sua produção é limitada.
Cachaça Spézia| Iniciou sua produção em 1949, produzindo apenas uma marca de cachaça que foi engarrafada como Aguardente Vencedora. Seu fundador, Frederico Spézia, passou para seu filho, Almir Spézia, os ensinamentos para produzir cachaças de qualidade.
Figuram na lista ainda, o Alambique Bompani, fundado em 1964. Alambique Rossi, com quase 30 anos de experiência na produção de cachaças e licores e a Destilaria Rech, fundada em 1938, por Roberto Rech e hoje administrada por Osmar Rech.
É muita aguardente né?!! Mas calma, eu não fiz degustação em todas. Só tomei uma provinha na Flor da Cana e deu, se não, não estaria aqui contando a história toda para vocês! Ahh já que vocês gostaram, olha o mapa das Cachaças Catarinenses:
Gostaram do passeio! 🙂 Já conhecem a Terra da Cachaça? Tem outras sugestões de destinos? Deixem ali nos comentários!
SERVIÇO
Passeios pela Rota da Cachaça, visitando os alambiques e degustando as cachaças produzidas artesanalmente – Informações (47) 99181-4102
Alambique Flor da Cana|Rua Ver. Crisóstomo Gesser, 315 – Vila do Salto. Contato: (47) 3377-0777. A loja abre de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h e no sábado, das 8h às 15h. Domingos e feriados atendimento somente com agendamento.
Alambique Morauer|Rodovia SC 413 – Km 01, 57 – Centro. Contato: (47) 3377-1156. Está aberto o ano todo, de segunda a sexta-feira, das 08h às 18h. Para visita guiada é necessário agendamento prévio.
Alambique Bylaardt|Rua Prefeito Willibaldo Van Den Bylaardt, 6395. Contato: (47) 3377-1809. Aberto diariamente para visitações individuais ou em grupo. Funciona de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 12h e das 13h às 18h. Sábados das 07h30 às 12h e das 13h às 16h. Domingos das 07h30 às 10h30.
Cachaça Wruck|Rua Otto Wruck, 2.485, Francês. Funciona de segunda a sábado, 8h às 12h e 13h às 17h. Para visitação é necessário agendamento prévio. E-mails: acapacq@gmail.com ou cachacawruck@hotmail.com
Cachaça Spézia|Avenida Santa Paulina, 700 – Vila do Salto. Contato: (47) 3377-1175. E-mail: acapacq@gmail.com Funcionamento: aberto diariamente das 07h30 às 18h e aos sábados, domingos e feriados, das 08h às 17h.
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Gostei quem sabe um dia iremos conhecer está linda cidade, principalmente por ter o nome e sobrenome do meu marido Luiz Alves.
Tenho certeza que vão gostar da cidade, Rosemilda. Obrigada pela visita.