Recife a Veneza brasileira, é uma das cidades do Nordeste que mais gosto. Já estive lá algumas vezes e sempre é bom voltar. Terra de muitas histórias, tradição, cultura, frevo e de um povo arretado de tão bacana. Estão ai meus amigos pernambucanos para confirmarem o que digo!
Um pouco de história
Do alto de seus mais de 480 anos, Recife tem muita história para contar. Colonizada por portugueses, teve um breve período de ocupação holandesa e está entre as mais antigas capitais brasileiras.
A cidade surgiu como a “Ribeira de Mar dos Arrecifes dos Navios” no ano de 1537, na principal área portuária da então Capitania de Pernambuco.
Foi a mais rica capitania durante o Brasil Colônia, em função do comércio da cana de açúcar e do pau-brasil, ou pau de pernambuco. Sua população hoje beira o 1,8 milhão de habitantes, sendo uma das capitais mais ricas da região nordeste.
Olinda, cidade irmã
Junto com sua irmã, a cidade de Olinda, formam um dos mais importantes conjuntos arquitetônicos do país, principalmente no que se refere ao estilo barroco. O casario do Recife Antigo é um convite a contemplação.
Cercada por rios, ilhas e mangues, é interligada por inúmeras pontes, vindo dai um de seus “apelidos”, o de Recife a Veneza Brasileira. Tem até uma corrida, a Corrida das Pontes, que é realizada para homenagear a cidade durante seus festejos de aniversário.
Recife a Veneza Brasileira
Recife Antigo
A cidade é um museu a céu aberto. Basta andar pela área conhecida como Bairro do Recife, que tem a rua do Bom Jesus como referência, para entender isso.
O bairro deu origem, no século 16, a cidade do Recife e é marcado por casarões cheios de requinte, com lindas fachadas coloridas, igrejas e construções da época da colonização.
Atente para os destaques como o prédio da Sinagoga kahal Zur Israel, primeira sinagoga das Américas, erguida no século 17. Em 1654, quando Recife volta ao domínio português, a comunidade judaica da cidade teve de se retirar.
Muitos tomaram navios que iam para o Caribe e América do Norte, se estabelecendo por lá e fundando a hoje conhecida, cidade de Nova Iorque. Atualmente é o Centro Cultural Judaico de Pernambuco.
A Embaixada dos Bonecos Gigantes de Olinda e para o Paço do Frevo, as mais importantes expressões culturais do povo pernambucano. Quem ai nunca saiu dançando ao ouvir o ritmo cadenciado do frevo? Eu confesso que tentei, mas os remelexos que eles fazem eu não dou conta não!
Tenha um dedo de prosa com o poeta Antonio Maria. Cronista, poeta, jornalista, considerado uma das mentes mais inquietas do Recife do século 19, foi imortalizado em uma estátua de bronze numa das regiões da cidade onde ele mais gostava de ficar!
Uma das formas de também apreciar o Bairro do Recife, é subindo na Torre Malakoff. O prédio, datado de 1855, foi construído com materiais provenientes da demolição do Forte do Bom Jesus, para servir como observatório astronômico e portão monumental do Arsenal da Marinha.
Sua construção também lembra Mesquitas do Oriente. Hoje abriga um espaço cultural, com destaque para a visitação a torre.
Praça do Marco Zero
Outra maneira é a partir da Praça Rio Branco ou Praça do Marco Zero, como é mais conhecida. Bem no meio da praça está uma placa que marca as coordenadas geográficas de Recife e suas medidas oficiais de distâncias rodoviárias. Foi instalado em janeiro de 1938, pelo Automóvel Clube de Pernambuco.
Casa de Cultura, antiga Casa de Detenção de Recife
Saindo do Recife Antigo encontramos a Casa de Cultura. Inaugurada em 1855, a Casa de Detenção de Recife, é um projeto do engenheiro pernambucano José Mamede Alves Ferreira. Construída em forma de cruz, ficando a torre central de observação no raio norte.
Sua construção só foi concluída em 1860, dominando o cenário do Recife no século 19. Serviu como penitenciária por 118 anos, quando em 1974 foi fechada para reformas e restauração, reabrindo como Casa de Cultura Luiz Gonzaga em 1976.
Suas celas hoje servem como salas de exposição e de aula, para diversos atividades e como lojinhas de artesanato.
Cachaça Carvalheira
Depois de passear pelos recantos históricos da cidade de Recife, vale uma visita a Cachaças Carvalheira.
Localizada no bairro Imbiribeira, em Recife, sua origem remonta à Quinta da Carvalheira, em Portugal, mas foi em 1995 que ela começou a escrever sua história na produção de bebidas no Brasil, utilizando barris de carvalho para envelhecimento de suas cachaças.
Para quem curte esse tipo de passeio, eles oferecem um tour guiado pela produção do alambique, com direito a degustação no final!
É preciso reservar o tour com antecedência pelo telefone (81) 3081-8130. Custa apenas R$10 por pessoa, já incluída a degustação!
ONDE FICA
Endereço: Av. Sul Gov. Cid Sampaio, 4921 – Imbiribeira, Recife.
E ai, gostaram do passeio pela capital pernambucana? Eu pretendo voltar logo, pois ainda tenho que conhecer outros pontos que não tive a oportunidade. Já estiveram por lá? Então me contem tudo! 🙂
Informações dos Espaços e Atrações
Torre Malakoff – Praça do Arsenal, S/N, Bairro do Recife. Visitação: Terça a sexta, das 10h às 17h| Sábados, das 15h às 18h| Domingos, das 16h às 19h30. Entrada gratuita.
Paço do Frevo – Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife. Funcionamento: terça a sexta, das 09h às 17h| Sábados e domingos, das 14h às 18h. Fechado às segundas. Entrada: R$ 8,00 inteira e R$ 4,00 para estudantes e maiores de 60 anos. Gratuito às terças-feiras.
Casa de Cultura Luiz Gonzaga – Cais da Detenção, s/n, Santo Antônio. Visitação: Segunda a sexta, das 09h às 19h| Sábado, das 09h às 18h| Domingo, das 09h às 14h. Entrada gratuita.
Centro Cultural Judaico – Rua do Bom Jesus, 197. Funcionamento: de segunda a sexta, das 09h às 17h30. Domingos, das 14h às 17h30. Entrada: R$ 10,00 inteira e R$ 5,00 meia.
Embaixada dos Bonecos Gigantes de Olinda – Rua do Bom Jesus, 183 – Recife Antigo. Funciona todos os dias, das 08h às 18h. Entrada: Adultos R$ 15,00. Criança com até 12 anos e acompanhada por adulto pagante, entra sem pagar.
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Que saudade que deu de Recife lendo esse post! A gente devia marcar um encontrinho lá!
Eu acho mais que justo marcarmos um encontro no Recife! Bora? Beijinhos Maria querida 🙂