Desde que me mudei para Blumenau não paro de passear pelo Estado. Sempre soube que Santa Catarina era pródiga em atrativos turísticos, naturais e gastronômicos, mas morando aqui é que fui realmente vivenciar tudo isso. Dai que numa dessas andanças, lá por Joinville, fui conhecer o Museu Nacional da Imigração e Colonização.
Antes, um pouco de história!
As terras onde hoje está situada a cidade de Joinville foram dadas como dote para o casamento de Francisca Carolina, com François Ferdinand Philiippe Louis Marie, no ano de 1843. Ela era filha de D. Pedro I.
Por isso, em homenagem a Princesa brasileira o lugar foi denominado de Colônia Dona Francisca, passando depois a chamar-se Joinville, que era o nome da cidade francesa onde nascera François Ferdinand, o Príncipe de Joinville.
O dote da Princesa compreendia 750 Contos de Réis e mais “25 léguas quadradas na Província de Santa Catarina”.
Conhecendo o Museu Nacional da Imigração e Colonização
O Museu Nacional da Imigração e Colonização se dedica a conservar e manter objetos, documentos e tudo o que esteja relacionado ao processo de imigração e colonização do Sul do país.
O Museu fica em um casarão também conhecido por “Maison de Joinville”, datado de 1870, bem em frente a Rua das Palmeiras, ou Alameda Brüstlein. Foi construído para servir de sede da administração da então Colônia Dona Francisca.
Sua área atual de quase 6 mil m², até o século passado contava ainda com a Alameda Brüstlein como parte integrante do jardim do casarão.
Nada mal hein?! Ter o privilégio de andar por um jardim cercado de palmeiras imperiais.
Curiosidade: Em 1867 Frederico Brüstlein, administrador da Colônia, manda buscar sementes das palmeiras existentes no Jardim Botânico do Rio de Janeiro e, em 1873, 56 mudas são plantadas dando origem à famosa Rua das Palmeiras.
Hoje completam o espaço uma Casa Enxaimel de 1905, que havia sido desmontada e seu material guardado e, em 1980 a casa foi remontada no jardim do Museu.
Nela encontramos móveis, utensílios de uso diário e objetos de uso pessoal, ferramentas, peças de vestuário, tudo isso organizado para mostrar ao visitante como era a vida dos primeiros imigrantes que chegaram por essas terras.
Me chamou a atenção o fato de terem um “banheiro” anexo a casa. Geralmente eles ficavam no fundo do terreno. A guia explica que eles trouxeram da Europa hábitos de higiene diferenciados como esse, de ter o banheiro próximo a casa e a casa de banho, onde ficavam as bacias e banheiras.
O galpão dos meios de transporte, com carros de tração animal, carroções e carros fúnebres. Até 1840 as pessoas eram sepultadas em igrejas ou conventos e a classe social indicava o tipo de transporte que seria usado no dia do funeral.
Os mais abastados tinham o esquife levado em um carroção com cortinas pretas, puxado por cavalos também cobertos por mantas e penachos pretos, em sinal de luto.
Os demais eram levados direto em cima de chassis ou mesmo carregados em redes. Ah! E os enterros eram sempre feitos ao cair da noite. 🙁
E um galpão de tecnologia, com uma moenda de cana de açúcar e exemplares de engenhos de farinha e de erva-mate, além do Auditório Dona Francisca, espaço para eventos, que fica na casa que era utilizada pelo administrador da propriedade.
Para quem quer mergulhar na história e descobrir mais sobre uma parte da colonização da Província de Santa Catarina, uma ida ao Museu é indispensável. A visitação é livre, não é feita com guias.
As meninas que ficam na entrada, anotando os dados dos visitantes dão uma introdução sobre que será visto, mas como cada cômodo tem sua descrição, o passeio se torna auto explicável e fácil de entender.
Se estiver em Joinville ou for passar pela cidade, vá ao Museu, nem que seja para fazer umas selfies com ele de fundo, pois o lugar rende boas imagens!
MUSEU NACIONAL DA IMIGRAÇÃO
Rua Rio Branco, 229 – Centro – Joinville
Fones: (47) 3433-3736
Das 10h às 16h (terça a domingo) | Entrada gratuita.
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Nossa, q show seu blog/site! Eu amo viajar e amo história, os dois juntos não tem coisa melhor!
Sucesso!
Ahh sou de Joinville, e esse casarão faz a gente voltar no tempo e viajar na imaginação 😍
O que seria da humanidade sem história.
Oi Suzana! Que bom que gostou, fico muito feliz! Eu sou fascinada por história e dai quando junta a oportunidade de conhecer mais a fundo um lugar, eu vou com tudo eheheh…Eu adoro Joinville. Já fiz ótimos passeios por ai! Um beijo e obrigada pela visita 🙂