Considerado Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela UNESCO, Olinda em Pernambuco, faz aniversário no dia 12 de março. O detalhe é que sua cidade irmã, Recife, também faz aniversário no mesmo dia. É comemoração que não acaba mais!
Já estive em Olinda por três vezes, na época nem sonhava em ter um blog e minha única preocupação era andar sem destino por suas ladeiras, apreciando a vista que ela proporciona do mar (e que mar, minha gente!) e me deslumbrando com os casarões e Igrejas que encontrava pelo caminho.
Por isso esse post é mais uma homenagem a essa cidade cheia de história, do que propriamente um roteiro.
Mas calma! Para que não fique só um post de “lembranças e reflexões”, ao final o texto vocês encontram uma listinha de blogs amigos, com dicas, roteiros e muito mais. Bora lá então, conhecer Olinda?! 😉
A História de Olinda
Olinda ainda era um povoado quando foi fundada, em 1535, pelo primeiro donatário da Capitania de Pernambuco, o português Duarte Coelho. Seu fundador trabalhou muito para seu desenvolvimento através da agricultura e de engenhos de açúcar.
Em 1537 é elevada a Vila fazendo com que Duarte Coelho mandasse construir um prédio para a Câmara do Senado de Olinda, que em 1676 passa a pertencer e Igreja, sendo transformado em Palácio Episcopal. Desde 1977 o prédio abriga o Museu de Arte Sacra de Pernambuco (MASPE).
Foi a cidade mais rica dos tempos do Brasil Colônia, chegando a ser considerada como uma “pequena Lisboa”, em função das riquezas que ostentava. Entre 1624 e 1625 foi a Sede da Capitania de Pernambuco, vindo a perder esse status após a invasão holandesa.
Foi saqueada e viu suas relíquias e tudo de valor que tinha, serem levados pelos invasores que começavam a construir a Nova Holanda, atual Recife.
Em 1631 Olinda é incendiada pelos holandeses. Por considerarem a sua localização de difícil defesa transferiram a sede para Recife. Após cessarem os conflitos volta a ser sede da capitania, mas sem a força e influência que tinha antes.
Em 1837 deixa de ser capital de Pernambuco em definitivo, passando a sua irmã, Recife, a ser sede do governo provincial.
Em 1982 Olinda foi declarada pela UNESCO como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. É a mais antiga entre as cidades brasileiras a receber esse título, e o segundo centro histórico com essa deferência, atrás apenas de Ouro Preto, em Minas Gerais.
Catedral Sé de Olinda
A Catedral Sé de Olinda foi mandada construir originalmente com a técnica de taipa (barro), pelo então donatário, Duarte Coelho. Ficava no ponto mais alto do povoado servindo também de observatório contra possíveis ataques de navios inimigos.
Foi dedicada a Nosso Senhor Salvador do Mundo. Em 1548 começa a construção de uma nova igreja maior e com uma estrutura mais forte. Sofreu com a invasão holandesa e foi usada como estrabaria pelos soldados.
Durante o incêndio de 1631 foi praticamente destruída, restando, como por milagre, apenas sua porta principal quase que intacta. É a única peça ainda original na igreja.
Seu estilo é Maneirista, algo entre o renascentista e o barroco. Fica no Alto da Sé, Bairro do Carmo e fica aberta a visitação todos os dias, até as 18h.
Bem em frente a Catedral fica o Mirante da Caixa D’água. Com 20 metros de altura oferece uma vista panorâmica de Olinda e boa parte de Recife.
Convento de São Francisco
É considerado o convento franciscano mais antigo do Brasil. Sua construção em estilo barroco, foi iniciada em 1585, mas sofreu com o incêndio de 1631.
Ainda no século 17 conseguiu ser reconstruído. Bem em frente ao prédio fica um cruzeiro trabalhado em pedra de arenito que foi toda retirada dos arrecifes.
Igreja de Nossa Senhora do Carmo
Construída em 1580 como Capela de Santo Antônio e São Gonçalo, em 1581 passa a ser o Convento do Carmo. É considerada a mais antiga igreja da Ordem das Carmelitas nas Américas. Em frente a Igreja fica o terceiro cruzeiro mais antigo da cidade.
Até 1630 ostentava em sua torre o maior sino de Olinda, que foi pilhado e desmanchado pelos holandeses para fazer armamentos (esses holandeses eram o capiroto né não!?!) 🙁 Foi construída em estilo barroco.
Esse foi o meu passeio por Olinda, mas ela tem muitos outros pontos de interesse como museus e centros culturais. E seu famoso carnaval, lógico! Que lota de foliões as ladeiras.
Um dos pontos de parada, inclusive, é em frente a casa de Alceu Valença, que toca para a multidão da varanda da casa. Mas como falei antes, aqui segue uma listinha de posts bem detalhados sobre Olinda e Recife! 😉
Amanda Trintim, As Viagens de Trintim – Roteiro de um dia em Olinda
Klécia Cassemiro, Fui Ser Viajante – O que fazer em Recife e Olinda
Daniela Almeida, D&D Mundo Afora – Olinda (Pernambuco) Patrimônio Histórico da Humanidade
Carol Miranda, Vamos Por Ai – Olinda, famosa por suas ladeiras
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Muito legal o post! Tenho orgulho de ter nascido em Recife e trabalhar em Olinda. As duas moram no meu coração.
Oi Carol! Que privilégio hein? Ter as duas cidades ai, ao teu lado! Eu gostei muito das vezes que estive por ai, mas ainda tenho que voltar, agora com um olhar mais apurado! Tenho muitos amigos de Recife e todos são gente boa demais! Beijos
Olinda é amor demais, Recife então!? ixe!
Adorei ver teu ponto de vista
Oi Janine! Muito obrigada pela visita e o comentário. Que bom que gostaste Sou apaixonada por Pernambuco. Terra de gente boa! Beijos
Oi Márcia, Olinda é uma cidade super charmosa, né? Tenho muita vontade de voltar por lá, pois também fui muito antes de ter blog. Obrigada por citar o Vamos Por Aí. Bjs
Olinda é uma cidade cheia de encantos. Aquela vista do mar e de Recife é linda demais. Sem contar o peso histórico que tem né? Beijos
Nossa, que honra sem tamanho aparecer aqui representando uma cidade que representa tanto pra mim. Olinda viu minha maturidade, minhas aspirações de moça jovem, meu desabrochar pro mundo e pra essa vontade de rodar o mundão. O mar de Olinda foi meu primeiro mar, a tapioca de Olinda temperou algumas das minhas primeiras noites de ‘independência’, vida adulta, essas coisas.
Minha memória afetiva por essas ladeiras não tem nada que pague. E descobrir que você também ama a minha terrinha, que alegria, Márcia! <3
Que coisa linda de se ler, Klécia! Se tem uma coisa que admiro demais nos Pernambucanos é o orgulho de sua terra. Eu entendo bem isso por que sou apaixonada pelo meu Rio Grande do Sul. É aquela história de mesmo não morando mais nas nossas terras, elas são nossa base, nossas raízes. Honra a minha poder compartilhar desse sentimento por uma lugar tão lindo e cheio de história. Um beijão