Petrópolis a nossa Cidade Imperial – Parte I

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Museu Imperial

Petrópolis é considerada a nossa Cidade Imperial e junto com Teresópolis e Nova Friburgo, formam o triângulo da Serra Fluminense, no Rio de Janeiro. 

Um pouco de história

Petrópolis foi criada em 16 março de 1843, depois de um decreto assinado por D.Pedro II. A partir dai chegam os primeiros imigrantes, em sua maioria alemães, que tem a incumbência de colonizar a região e levantar a cidade. 

É um lugar lindo, onde o visitante faz uma viagem no tempo caminhando por suas ruas cheias de casarões centenários e muito verde. É praticamente um museu a céu aberto, onde se respira história e cultura, sem deixar de ser uma cidade moderna e cheia de atrações gastronômicas e turísticas, além das boas compras!

Pórtico de Petrópolis a cidade imperial

Chegada à cidade por seu Pórtico principal, na Av. Ayrton Senna, no bairro Quitandinha.

Como chegar a Petrópolis a nossa Cidade Imperial

Fica a 65 km de distância do Rio de Janeiro pela BR 040. Mas tem quem prefira subir a serra pela Rodovia Rio-Teresópolis, entrar pela cidade vizinha e pegar a BR 495 ou Teresópolis-Petrópolis, chegando pelo charmoso Distrito de Itaipava

Na subida da serra os vendedores de tapetes de retalhos, atraem os turistas que sempre querem levar algo de lembrança!

Para quem prefere ir para a cidade pela Estrada BR 495, a Teresópolis-Petrópolis, saiba que são cerca de 33 km de lindas paisagens, que ligam as duas cidades serranas. A chegada em Petrópolis é pelo Distrito de Itaipava, muito procurado pelos turistas por sua gastronomia e simpáticos shoppings, além da Feirinha, que vende uma infinidade de coisas, principalmente vestuário!

A Feirinha de Itaipava funciona aos finais de semana. Sextas, das 10h às 18h. Sábados e Domingos, das 10h às 19h.

Ao chegar em Petrópolis o encantamento é imediato! Com casarões deslumbrantes e muito bem conservados, é comum a cidade servir como cenário para novelas e filmes de época.

Quem ai lembra das novelas Lado a Lado e Que Rei Sou Eu? Ou da minissérie Quinto dos Infernos? Pois então, todas tiveram locação pelo centrinho histórico. 

Casarão em Petrópolis a nossa cidade imperial
Casarão centenário em Petrópolis a cidade imperial
Detalhes de um casarão em Petrópolis cidade imperial

O que visitar em Petrópolis

Museu Imperial, a casa da Família Real 

Mas para entender melhor como a cidade foi criada e se desenvolveu, é preciso saber que no ano de 1822, o Imperador D. Pedro I, em passagem por terras que levavam às Minas Gerais na rota do Caminho do Ouro, ficou tão encantado com a exuberância da Mata Atlântica, que tratou logo de adquirir uma fazenda na região.

Fato que só ocorreria em 1830, quando ele compra a Fazenda do Córrego Seco com a pretensão de um dia transformá-la no Palácio da Concórdia.  Anos mais tarde, com a volta do monarca à Portugal, deixa a fazenda como herança para seu filho D. Pedro II, onde o mesmo construiria sua residência favorita de verão e onde passaria boa parte do tempo com a família.

Retrato da família Imperial

A construção do belo prédio neoclássico, onde funciona atualmente o Museu Imperial, teve início em 1845 e foi concluída em 1862, tornando Petrópolis, a partir deste ano, como roteiro obrigatório dos que queriam sossego e fugir do calor da capita.

Entre eles os integrantes da Côrte e ricos comerciantes, que construiriam seus casarões na importante avenida Koeler e arredores. Depois na República, tornou-se refúgio dos presidentes do Brasil.

Esse movimento de subir a serra buscando sossego acontece até os dias atuais, já que a cidade fica repleta de turistas e veranistas na estação mais quente do ano!

Museu Imperial Petrópolis
Jardins do Museu Imperial em Petrópolis

O jardim do Palácio, que era o lugar favorito de D. Pedro II. O monarca era tido como um botânico auto-didata.

Informações úteis sobre o Museu
Visitação de terça a domingo, das 10h30 às 18h. Estudantes, professores e maiores de 60 anos pagam meia entrada. Para saber mais, acesse o site do Museu Imperial.

Palácio Amarelo

Bem em frente ao Museu fica o Palácio Amarelo, suntuosa construção de 1897, que abriga a Câmara Municipal de Petrópolis. Aos domingos, no seu entorno, costuma acontecer uma feirinha de antiguidades. 

Visitas de segunda à domingo, das 10h às 17h. Entrada gratuita. 

Palácio amarelo Petrópolis
Palácio amarelo Petrópolis
Museu Casa de Santos Dumont

Petrópolis era “tão queridinha”, que o aviador Alberto Santos Dumont construiu lá, a única casa que teve no Brasil, um chalé em estilo Alpino!

Contrastando com as demais casas da cidade, a de Santos Dumont tem apenas 50 m² e é muito legal, pois mostra toda a genialidade do inventor do avião e suas ideias para facilitar e otimizar a vida das pessoas.

Para quem gosta de arquitetura é um passeio e tanto, andar pela pequena casa tão cheia de funcionalidades, como a escada de degraus recortados, onde se coloca um pé de casa vez, a mesa/cama, que servia como escrivaninha durante o dia, e cama à noite! E o chuveiro aquecido a álcool, tudo idealizado por ele. A edificação fica no Morro do Encanto e por isso é chamada de a “Encantada”.

Funcionamento: terça a domingo, 09h às 17h. Visitação interna até às 17h30. Crianças até 6 anos e maiores de 65 anos: acesso livre.

Casa de Santos Dumont em Petrópolis
Casa de Santos Dumont em Petrópolis
Palácio Rio Negro

Ainda no centro histórico, visitas que são necessárias como ao Palácio Rio Negro, pertencente ao Barão do Rio Negro, importante comerciante de café do RJ. Sua construção, em estilo eclético, data de 1889, ano da Proclamação da República. Por conta disso, em 1903 o Palácio passa a pertencer ao Governo Federal que o transforma em casa de verão dos Presidentes do Brasil.

Por lá passaram 16 chefes de estado do nosso país, o mais frequente foi Getúlio Vargas, que em seus 18 anos de governo, subia todos os anos a serra, para se refugiar na elegante casa. O complexo que engloba o Casarão e mais uma casa anexa, que pertencia ao filho do Barão, fica na Avenida Koeler. 

Visitas de quinta a sábado, das 10h às 17h, com entrada gratuita.

Palácio Rio Negro Petrópolis
Catedral São Pedro de Alcântara

A Catedral São Pedro de Alcântara, que teve sua pedra fundamental lançada em meados de 1884, foi construída em estilo neogótico francês, com enormes vitrais. Ali fica a Capela Imperial, que guarda os restos mortais do Imperador D. Pedro II, sua esposa, D. Tereza Cristina, sua filha, a Princesa Isabel, com seu marido, o Conde D’eu. A Capela foi esculpida em mármore e decorada com uma cruz em granito.

Mas o que chama a atenção são os vitrais com poemas escritos por D. Pedro II, que demonstram sua saudade do Brasil durante seu exílio na Europa. Lugar de onde só voltaria depois de falecido. A Catedral tem ainda uma icônica Torre, que pode ser visitada, desde que o se vençam seus 169 degraus! Mas vale a pena o esforço, pois a vista é maravilhosa.

Visitas gratuitas à Catedral acontecem todos os dias, das 08h às 18h. Funcionamento da Torre: terça à sábado, das 11h às 17h e domingos, das 13h às 15h. Estudantes e maiores de 65 anos, entrada gratuita.

Catedral São Pedro de Alcântara Petrópolis
Catedral São Pedro de Alcântara Petrópolis
Altar mor da Catedral de Petrópolis
Casa da Princesa Isabel

De frente para a Catedral, fica a casa que pertenceu a Princesa Isabel. Em seus jardins é possível ver pequenos esquilos, muito fofos! Não é permitida a visitação interna, o que é uma pena.

Casa de princesa Isabel na cidade imperial

Viram como é legal esse passeio por Petrópolis, a nossa cidade Imperial? Como são muitas atrações, dicas de restaurantes e pousadas, já estou trabalhando na Parte II dessa gostosa narrativa. Por isso, calma. Eu volto!

Dica de leitura: a trilogia de Laurentino Gomes: 1808, 1822 e 1889, que conta tudo do 1° Reinado à Proclamação da República. É uma das melhores leituras para quem gosta e se interessa em conhecer mais sobre essa época.

Leia também:

Petrópolis, a nossa Cidade Imperial – Parte II
Teresópolis ou só Terê, para os íntimos !


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Casa de Doda
Sou a Márcia, gaúcha lá de São Leopoldo. Sou jornalista, gremista, leonina, corredora amadora, viajante e Editora do Casa de Doda! Aqui eu conto sobre os lugares por onde andei e as belezas que vi. E sobre o que eu não gostei, também!! Vem passear comigo.

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